Pia do macaco
Estava a apanhar um bocadinho de Sol e a aproveitar para arrancar umas ervas lá em cima, junto ao caminho, quando passa a Dª Arminda e mete conversa. É uma velhinha muito simpática, que por vezes vejo a passear apoiada num pesado cajado. Dizia ela que gosta muito daqui, da Quinta dos Moinhos, pois tinha nascido “lá em baixo, na casa dos moinhos”. Os pais eram moleiros e aqui viveu até aos vinte anos, altura em que casou e se mudou para casa do marido, umas centenas de metros mais acima no rio.
Estivemos a falar da água e das nascentes. Perguntou se ainda havia a nascente junto ao moinho grande. “Antigamente”, dizia, “era lá que se lavava a cara de manhã, na pia do macaco”. A pia ainda existe, embora não funcione, que a nascente foi desviada para a cisterna que agora abastece a casa. O macaco de pedra, por cuja boca jorrava a água, foi levado pelos antigos donos, quando venderam a quinta.
Que pena!Agora com este conhecimento, mais intessante se tornaria!
P.S. – Interessante, de facto.